sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sparks.

São como faíscas agora,posso ver como são belas.
Minhas lembranças de dias ensolarados,do mar,de algodão doce!
Do gosto que a vida tem quando não é amarga.
Como faíscas,como leves riscos vermelho-alaranjados,não mais que isso.
É como dançar,como mover o mundo na sola de seus pés.
A vida!
Quando pesada.Estranha,parece não nos pertencer.
Quando leve.Serena,um raio de sol que invade nosso quarto entrando pela janela.
Tudo leve e vermelho-alaranjado,como faíscas.
Não se precisa de muito para sentir o calor delas,a sua cor.
Sparks ...
Colorindo meu céu azul,saindo pela minha janela.
Sparks ...
Colorindo meu céu cinza,invadindo minha solidão.
Minha vida.Seus borrões e riscos vermelho-alaranjados.Seus tons de cinza salpicados com sorrisos da mesma cor do meu dia-a-dia.Suas nuvens pálidas.Seus muros cor de rosa.
Ela é da cor que eu quiser,é como eu quiser.
É minha e é linda!
É minha e é desordenada,confusa,estranha!
É minha!
E mesmo que qualquer coisa venha apagar minhas doces faíscas,elas se reacenderão,dançando majestosas ao meu redor.Iluminando toda e qualquer escuridão no meu caminho.

Rain.


Chuva...tempo nublado!
Quanta melancolia há em dias assim.
Dias em que se pensa em tudo e se descobre que bom mesmo é não pensar nada.
Dias comuns,dias iguais,dias cinzas.
Ao passo que a chuva lava as vidraças de uma janela,ela leva também medos e desejos embora.
Dias calmos,dias tristes,dias incertos.
Apenas meus dias favoritos.Tudo turvo à minha frente,todas as incertezas á minha janela.
Cheiro de terra molhada,trovões ao longe,melancolia no ar.
Recordo-me da minha infância,quando tinha medo do som dos trovões,do clarão dos raios.
Mas gostava da idéia de brincar na chuva,de pular nas poças de lama.
Dias tristes.
Uma tristeza profunda,vontade de apenas ir com a chuva,evaporar com ela.
Apego-me a trovões,raios,pingos da minha tempestade para fazer minhas dores partirem,evaporarem quando o sol aparecer.
Dizem que após uma tempestade,sempre surge um arco-íris...
Espero sempre por mais um dia nublado!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Away.


- A maior dúvida que paira em minha mente no momento são sentimentos.
Não só os seus,mas também os meus.
Algum dia gostaria de ter a certeza de que tudo que penso é o que realmente acontece.Que não estou vendo algo além ou estou deixando algo escapar à minha percepção.
Simplesmente gostaria de acordar todos os dias com a sensação de que,mesmo que eu tenha feito algo errado,fiz o que era preciso para dar certo ou para deixar você à vontade para escolher entre ir e ficar...entre mim e a porta de saída.
E ao mesmo tempo,a incerteza é exatamente o que me move.A bagunça que é feita em minha mente depois de uma discussão ou de um 'está tudo bem' atravessado.
Porque sinto a sua falta,mesmo quando deveria aproveitar sua ausência.
Porque sinto que faria qualquer coisa para estar por perto e não deixar espaço para distâncias.
Algumas coisas nunca vão mudar entre nós,mesmo que aparentemente elas estejam 'diferentes'.
Algumas histórias são iguais a cada dia,até o fim.
E mesmo que eu queira que todo esse sentimento se vá,ele gruda em mim.Como aqueles chicletes baratos que são mascados e jogados no meio da rua,e,por distração pisamos!Mesmo que consigamos removê-lo,alguma marca sempre fica ...por menor que seja.
À beira de um abismo ...
Ao mesmo tempo que quero sair e me salvar da queda,sinto a necessidade de caminhar cada vez mais próxima à sua margem,com um pé em terra e outro tateando o ar de sua borda.
Cada risco,cada incerteza,cada sensação diferente me leva a crer que ainda farei algo surpreendente,até mesmo para mim.Me leva a crer que muitas surpresas nos aguardam.